Transcrito da Revista Turf Brasil, edição 554
Inédito ‘Páreo Sem Chicote’ neste domingo
Domingo será um dos dias mais esperados para turfistas e amantes de animais em geral, pois será realizado o primeiro ‘Páreo Sem Chicote’ do Brasil. O local escolhido é o Hipódromo da Madalena e a carreira será a 4ª da reunião pernambucana.
O Jockey Club de Pernambuco programou cinco páreo para domingo, com início às 14h20m com a PE Sérgio Magalhães (1400mA). Em seguida, o presidente do clube será homenageado na PE Paulo Paiva (1300mA). O 3° páreo será a PE Moisés Ferman (1300mA).
O aguardado e muito comentado ‘Páreo Sem Chicote’ será o 4° da programação. A PE Luiz Gustavo de Azevedo – Tavinho será corrida em 1.200 metros e conta com a presença dos cavalos Lance Genial, Flyness, Royal Pacific e Ramatuelle. Os jóqueis J. Julio e F. Salles, além dos aprendizes W. Gomes e L. Henrique aceitaram o desafio de conduzir suas montarias sem utilizar chicote às 16h20m.
Para encerrar o programa pernambucano, o Clássico Mário Ferman (2000mA) reunirá seis competidores.
O jóquei Jorge Ricardo, que esteve no Hipódromo da Gávea no último domingo, falou sobre o uso moderado do chicote.
“Sou um profissional que sempre busquei utilizar o mínimo possível o chicote, que é uma ferramenta criada para instigar e até proteger o jóquei e não para castigar ou maltratar o cavalo. Quando montei na Inglaterra, o chicote que utilizei era muito curto e também tinha um limite para usarmos na reta final. Na Argentina, as Comissões de Corrida estão buscando se adaptar e devem modificar o formato do chicote, seguindo o exemplo de países como o Brasil, Chile e Uruguai. É tudo questão de se adaptar, visto que o chicote é necessário para corrigir e até proteger o profissional e o cavalo em determinadas situações, como evitar que um animal se jogue na cerca, por exemplo”, explicou o profissional.
Ricardinho vê com bons olhos o ‘Páreo Sem Chicote’ que será realizado esta semana em Recife.
“É uma iniciativa válida para mudar a mentalidade de alguns jóqueis que não sabem a real necessidade de utilizar o chicote. Sempre procurei utilizar o mínimo possível o equipamento, permitindo que o cavalo corresse mais a sua vontade”, ensina o grande campeão, que busca retomar a liderança mundial em número de vitórias.