FORAM 500 METROS DE DEDICAÇÃO, TALENTO, EMOÇÃO E MUITA VIBRAÇÃO NO JOCKEY CLUB DE PERNAMBUCO

Alam Maciel (Exótico), Alex Siqueira (Bred Pit) , Ângelo Marques (Carreras), Wesley Gomes (Fome Zero) e Jackson Lima (Boy)

Alam Maciel (Exótico), Alex Siqueira (Bred Pit) , Ângelo Marques (Carreras), Wesley Gomes (Fome Zero) e Jackson Lima (Boy)

No último domingo a programação do Jockey Club de Pernambuco contou apenas com quatro páreos de cavalos PSI, e um páreo de cavalos da raça pônei.

Muita gente deixou de ir ao Jockey até porque em um dos páreos um animal já era forfait anunciado (DanceR Hits no 2º páreo), e no terceiro páreo tinha a inscrição de Julie Joy que ultimamente não vem largando na turma. Mas para a surpresa de muitos, o público além de não ter sido pequeno, os que foram até o Jockey e ficaram para assitir ao último páreo com cinco animais da raça pônei, não deram a viagem perdida e puderem verificar em ação, mais uma vez, os nossos futuros jóqueis disputando a 31ª corrida de pônei na distancia de 500 metros.

Como turfe e emoção geralmente andam juntos, mesmo com uma programação que talvez em outros hipódromos fosse vista como fracasso total ou talvez não se realizasse, na Madalena foi diferente. Começamos a vibrar com a linda condução de F.Davidson no primeiro páreo no dorso de Primogênito. No segundo páreo, a disputa pelo segundo lugar entre Recife com F.Silva no dorso e Royal Angel com o aprendiz Anderson Paiva que garantiu na foto a segunda posição, já anunciava que iríamos ter emoção. Ai vem o terceiro páreo com Quanto azul na condição de favorito, mais com a sobrecarga de 60Kg no dorso. Bem, um páreo de distância longa era tudo que queria os responsáveis por Titio Helio que depois de uma reta que vale a pena ver e rever por várias vezes, venceu o tordilho de Waldemir Miranda depois de uma excelente disputa entre dois extraordinários e competentes jóqueis que são J.Julio (Titio Helio) e F.Benone (Quanto azul). Em seguida vem o último páreo de cavalos PSI na distancia de 1.200 metros. A égua Vista Grossa depois de vir de um segundo lugar para nada menos que Jaspion, era a franca favorita da carreira e não tinhacomo perder o páreo. Dada a partida Vista Grossa como já era esperado se sai bem toma a ponta, mas na reta de chegada quando parecia que o resultado seria o óbvio, eis que aparece Jump Of Cord com J.Júlio em grande estilo por dentro e Kinley com o aprendiz H.Henrique pela baliza de fora travando uma grande batalha com a favorita que cansou da luta e se entregou nos metros finais se contentando com a terceira colocação. Haja coração, para se ter uma idéia a dupla Jump Of Cord e Kinley, pagou mais de R$ 50.00 para cada real apostado. É, no turfe é assim, quando menos se espera a emoção aparece e haja coração, por isso não é bom ficar em casa e viver esses bons momentos que a vida nos proporciona

Terminada a jornada dos animais PSI, entram na raia os cinco pequeninos animais da raça pônei com cinco talentos distintos, cada um com a sua habilidade. Desta vez a corrida seria disputada na distancia de 500 metros. Corrida essa que já vinha sendo planejada por seus organizadores no intuito de treinar e dar mais cancha à garotada que pensa em um dia se tornar jóquei profissional.

500 metros na pista do JCPE é uma curva e era o que estava faltando na preparação desses garotos que alguns deles oriundos das corridas de pônei já brilham nos hipódromos do sul do país. Bem, das mais de 800 pessoas que estiveram no Jockey no domingo, muitos foram embora, uns por não gostarem das corridas de pôneis, e outros porque estavam mesmo interessados na abertura das agencias dos hipódromos do Rio e São Paulo. O talento e técnica dos futuros jóqueis no dorso dos pequenos animais foi emocionante. Era um teste difícil, mas eles corresponderam e surpreenderam. O presidente da comissão de corridas dos Jockey Club de Pernambuco Márcio Uchôa não poupou elogios à meninada e disse que essa foi uma das corridas mais bonitas e mais bem disputada que ele já viu com os animais da raça pônei. Eles tiveram o comportamento de verdadeiros profissionais. Desde a largada que dessa vez foi supervisionada por Léo Uchoa, até o cruzar do disco eles tiveram um comportamento de chamar atenção. Largaram e souberam dosar os animais no páreo de longa distância como fazem os jóqueis profissionais com PSI. A curva foi feita em grande estilo (pensava-se que os animais não fariam à curva). Durante o percurso não houve em nem um momento desvio de linha ou qualquer prejuízo de um animal para o outro. Souberam exigir do animal o potencial de cada um na hora certa, e no final observe na filmagem que eles já têm habilidade de trocar o chicote de mão, fazer o animal trocar de mão e defender a corrida no momento certo. Nos 200 metros finais, três animais se destacaram na corrida. Fome Zero, Exótico e Boy. Com Fome Zero na ponta por dentro e Exótico numa excelente atropelada por fora, o público foi ao delírio e vibrou intensamente com o desempenho dos nossos futuros aprendizes.

A direção do JCPE está de parabéns por essa iniciativa de incentivar e acreditar no futuro do turfe brasileiro. Parabéns aos jóqueis mirins que participaram com sucesso da prova especial Dr. Marcelo Carvalho. Alam Maciel (Exótico), Alex Siqueira (Bred Pit), Ângelo Marques (Carreras), Wesley Gomes (Fome Zero) e Jackson Lima (Boy).

A próxima corrida de pônei esta programada para distancia de 200 metros (prova de velocidade), mas já estamos nos preparando para a nossa maior prova que será na distancia de 600 metros em homenagem ao Jockey Club de Pernambuco. Essa prova já esta sendo bem aguardada nos bastidores e já tem que diga que será o “Bentinho“. A maior prova de animais da raça pônei do turfe nordestino. Tinha que ser no Jockey Club de Pernambuco o berço das corridas de Pônei.

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